
Quando vejo nos
meios de comunicação de massa ou dirigida que uma determinada empresa, por
exemplo, está reciclando o lixo produzido e acumulado proveniente de suas
operações e que esta ação é “sustentável”, automaticamente me vem a frase:
“este ainda não entendeu ou não se informou corretamente sobre o conceito”.
Uma das fontes
desta confusão vem da própria origem do adjetivo “sustentável”: a definição,
legitimação e divulgação do conceito sobre Desenvolvimento Sustentável (DS).
O conceito de DS
foi cunhado pela primeira vez em 1980 pela World Conservation Union,
organização internacional dedicada à conservação dos recursos naturais, “o
desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades das gerações
presentes sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às
suas próprias necessidades”.
Daí a confusão foi
estabelecida, pois muitos entenderam que tudo se baseava em meio ambiente. Mas,
aquilo em que muitos não se ativeram foi que, na própria Eco 92, chegou-se à
conclusão que a busca pelo Desenvolvimento Sustentável implicava em ampliar a
discussão sobre o futuro do homem no planeta.
De nada adiantaria
salvar a Terra e continuarmos com os grandes problemas sociais e econômicos que
permeiam a convivência humana, tais como pobreza, violência doméstica,
dominação das grandes potências em detrimento das especificidades dos países
emergentes, a condição da mulher no ambiente de trabalho, mortalidade infantil,
acirramento das DST's – Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez na
adolescência, homofobia, racismo, exclusão digital e muitos outros pontos
desafiadores que necessitam de um acordo tácito entre os governos, empresas,
organizações sem fins lucrativos e a sociedade civil para a sua devida solução.
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