De Alex Dahlke
Andante na escuridão
Estrada difícil
Cada passo uma conquista
Em clima árido de verão
Para iluminar meu caminhar
A tímida chama de singela lamparina
Luz que tenho a mão
Ouço vozes
Revoadas e grunhidos
Nada me rouba o sentido
E a vontade de continuar
Ainda não sei onde irei pisar
Mas com firmeza nos pensamentos
No rumo certo hei de estar
A brisa que ora refresca
Alerta da chuva por vir
Por um instante o sossego
Da água não tenho medo
O que apavora é o vento
A deixar-me no breu
Meu lampião já lambeu
E abraçou-me o crepúsculo
De nada adianta o medo
Não fará volver a luz
Fecho os olhos
Encontro o afago
Ao longe o brilho
Do eterno andarilho
Que ensina a encontrar coragem
Para reacender a chama que guia
Que dá luz e me acompanha
Nessa eterna viagem
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