terça-feira, 1 de abril de 2014

Acabe com o sofrimento das mulheres do Nepal

Foto Uol.com
Mulheres e meninas do Nepal não podem esperar para se verem livres do peso de viver com prolapso uterino.
“Doze dias após o parto, eu estava cortando lenha com um machado. Meu marido me pediu água e nós discutimos. Ele me bateu com força. Eu não sei se meu útero saiu quando eu estava cortando lenha ou quando fui espancada. Depois disso, eu comecei a sentir dor nas costas e no estômago, não podia ficar em pé ereta, sentar ou trabalhar. Quando eu espirro, meu útero sai.”
Esta é a fala de Kopila, 30 anos, ao se lembrar do trauma vivido após o nascimento de seu quarto filho. Imagine-se no lugar de Kopila: você come o que sobra depois que seu marido, sogros e filhos comem, carrega cargas pesadas diariamente, inclusive quando grávida. Além de tudo, dá a luz a mais filhos do que seu corpo aguenta em partos sem assistência especializada, pois não tem acesso fácil a serviços de saúde.
No Nepal, as mulheres não precisam imaginar: esta é a vida real de milhares delas.
Com partos múltiplos, dieta fraca e dias de grande esforço físico, muitas delas apresentam sintomas de prolapso uterino, uma doença em que o útero desliza até o canal vaginal devido ao enfraquecimento da musculatura na região pélvica. Em casos mais graves, o útero pode até começar a sair pela vagina. Estima-se que até 37% das nepalesas sofram desta condição.
Mas a discriminação é o principal peso carregado por estas meninas e mulheres.
O estigma associado à condição e à falta de informação levam nepalesas a viver em sofrimento, e sem buscar ajuda. A violência doméstica, incluindo o estupro conjugal, é prática comum 
no Nepal - muitas vezes agravada após o surgimento do prolapso uterino. O governo do país tem leis contra a violência doméstica e um projeto de lei para começar a prover atendimento médico adequado às mulheres que sofrem com esta condição, mas pouco é feito efetivamente.
Sem voz na hora de tomar as decisões sobre seu corpo e sua sexualidade, as nepalesas sofrem em silêncio. Assine a petição exigindo que o Primeiro-Ministro do Nepal reconheça o problema do prolapso uterino como violação de direitos humanos e tome medidas para quebrar este ciclo de sofrimento e discriminação.

Participe destas desta e de outras Campanhas e Baixos Assinados



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