"extinta Flor azul na correnteza
desfeita luz na face transitória
do tempo, voz perdida na memória
em traços, mudas formas de beleza.
Sob folhas de mangue acobertada,
extinta flor azul entorpecida
numa corola resta vã, sem vida,
Me lembrava da menina
escavando o chão agreste,
me lembrava do menino
carregando melancias.
Em que terras desembocam
esses talos de crianças
mais finos que as maravalhas,
Mais forte que a ventania"
(Mamede, 2003: 196)
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