domingo, 8 de dezembro de 2013

Poesia: Rosa de Pedra


 "extinta  Flor azul na correnteza
desfeita luz na face transitória 
do tempo, voz perdida na memória 
em traços, mudas formas de beleza. 

Sob folhas de mangue acobertada, 
extinta flor azul entorpecida 
numa corola resta vã, sem vida, 

 Me lembrava da menina
escavando o chão agreste, 
me lembrava do menino 
carregando melancias. 

Em que terras desembocam 
esses talos de crianças 
mais finos que as maravalhas,
Mais forte que a ventania" 

(Mamede, 2003: 196)




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